terça-feira, 20 de dezembro de 2005

Capítulo Nove - Pra além do surreal ou Eu já tô ficando muito convencido

Vinha andando pela rua escura noturna soturna, pensando na vida e nos elogios recebidos e em todo mundo que tá me mandando trabalhar. Pensando também no que vai dar este texto.
Já que o Joãozinho há tempos não aparece por aqui e o psicanalista me mandou fazer um texto por livre-associação. Logo eu que nunca dei muito crédito pra velhos tarados? Me disseram que andam me dizendo muita bobeira e que não devo prestar atenção no que me mandam. Obedeci e não segui o seu conselho.
Os dois se transformaram em três quando surgiu mais um monstro de duas cabeças na minha dupla personalidade. Mas isso não tem nada a ver com o resto. De tudo.
Contudo soube que às vezes coisas que parecem sem sentido podem fazer muito sucesso, desde que tenha algumas cenas de sexo e/ou violência e que tudo isso tá na natureza humana, foi o que me disseram.
Isso tudo eu pensava na rua e até que o texto que me surgia na cabeça tava ficando bom, apesar da preguiça crônica e genética que me acompanha desde o nascimento, mas um bigorna veio do céu e me atingiu. E como já não me bastasse esse sofrimento ainda me disseram que preciso arranjar um estilo próprio. Ces't la vie.


(esse é um texto ficticio, qualquer semelhança com a vida real me avise que eu sempre quis ver uma bigorna cair na cabeça de alguém)