Capítulo Três - História de amor ou alguma outra disfunção hormonal
Era um dia de sol. Domingo, eu acho. Domingo de sol, ruas vazias, corações sem rumo, ou algo brega assim.
Ela andava despreocupadamente preocupada, como sempre, desde que foi abandonada. Não era o que o ex dizia. Foi quando ele apareceu. Do nada. E ela quase caiu aos pés dele. Literalmente. Já ia xingar o apressadinho quando viu o rosto mais lindo de todos, ou um clichê qualquer desses.
-Tá fugindo de alguém?
-De mim mesmo, acho.
-E se eu te protegesse? - E abriu o sorriso mais lindo do mundo, ou algo mentiroso assim, como ela diria tempos depois.
E em frente àquela casa, no local em que se esbarraram, naquela tarde deram o primeiro beijo.
Por isso (ou pelo preço) compraram aquela velha casa em suaves prestações. Por que toda história de amor que se preza tem que ter prestações. Apaixona-se desesperadamente, ama-se sem perceber quando e tudo acaba aos poucos. Foi só com eles?
Me disseram, o estopim foi uma toalha molhada na cama. Ela que deixou. Ou outra coisa que é o contrário do comum. Me disseram também um algo voou pela janela.
Trocaram o vidro quebrado. O coração, não. E só sobrou uma placa pro fim desta história: vende-se esta casa desesperadamente. Ou qualquer outra coisa incomum escrita assim.
1 Reclamação:
Tiago!
O Rodrigo, meu namorado, viu primeiro o link da quitanda e mandou dizer que você escreve muito bem, parabéns, continue!
Nós todos queremos muito tudo isso.
Você é bom mesmo. Força sempre!
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