Capítulo Vinte e Oito - Edmar
Uns dias atrás cruzei na rua um garoto, de uns quinze ou dezesseis anos, que ficou me olhando até chegar perto de mim e perguntar:
-Você é irmão do Edmar?
Eu não era irmão de nenhum Edmar.
-Não.
-Ah...
E ele continuou o seu caminho.
Agora, fico imaginando o que teria acontecido se eu dissesse que era (ou fosse mesmo) o irmão do tal Edmar. Provavelmente ele só ia dizer pro Edmar que encontrou o seu irmão. Mas aí não ia ter graça. Por isso bolei umas hipóteses mais interessantes:
Hipótese nº 1
-Você é irmão do Edmar?
-Sou
-Ah, então foi você que andou dando em cima da minha namorada, seu filho da puta?!
E quando eu vejo tem três amigos dele em volta de mim distribuindo socos e chutes...
Hipótese nº 2
-Você é irmão do Edmar?
-Sou
-Trouxe o bagulho?
-O bagulho?
-É, porra, trouxe ou num trouxe? É bom ter trazido, se não tu e o Edmar vão se ver comigo!
Hipótese nº 3
-Você é irmão do Edmar?
-Sou, sim, por quê?
-Bem que o Edmar falou que você era um gato! Pena que sua família não entenda sua opção, né?
E se atira nos meus braços tentando me beijar...
Hipótese nº 4
-Você é irmão do Edmar?
-Eu mesmo.
-Pô, Edmilson (deve ser esse o nome do irmão do Edmar), tá lembrado de mim, não?
-Claro que eu lembro...
-Não senti firmeza. Sou eu, o Ricardo, que estudou com o teu irmão.
-Ah, Ricardo...
-Pôxa, Edmilson, tu fica dois anos sem me ver e já não lembra? Eu vivia na tua casa... Grande amigo você, hein? Diz pro teu irmão que eu nunca mais apareço lá!
-Peraí...
1 Reclamação:
quiá quiá qui´´a
essa foi ótima.
Falando nisso... assim que vc chegar em casa, fala pro Edmar que ele está me devendo uma grana, o sacana!
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